Por Kimberly Ferreira Enfermeira – COREN RS 552072
Os principais tipos de câncer de colo do útero são: carcinoma de células escamosas e adenocarcinoma.90% dos cânceres de colo do útero são carcinomas de células escamosas. Estes cânceres se desenvolvem a partir de células do exocervix e as células cancerosas têm características de células escamosas sob o microscópio.
Com menos frequência estão os cânceres do colo do útero que têm características comuns aos carcinomas de células escamosas e aos adenocarcinomas, são os denominados carcinomas adenoescamosos ou carcinomas mistos.
Embora quase todos os cânceres cervicais sejam ou carcinomas de células escamosas ou adenocarcinomas, outros tipos de câncer também podem se desenvolver no útero. Por exemplo, melanoma, sarcoma, e linfoma, que ocorrem mais frequentemente em outras partes do organismo.
Segundo o Instituto Nacional do Câncer, INCA, hoje, o câncer de colo de útero é o terceiro tipo de câncer que mais acomete as mulheres, por ser uma doença lenta, geralmente quando os sintomas aparecem o câncer já se encontra em estágio avançado.Por isso a importância do exame e acompanhamento médico anual.
Segue alguns sintomas comuns que podem ser identificados:
- Corrimento persistente de coloração amarelada ou rosa e com forte odor;
- Sangramento após o ato sexual;
- Dor pélvica.
- Em casos mais graves há o surgimento de edemas nos membros inferiores, problemas urinários e comprometimento de estruturas extragenitais.
Um dos exames que devem ser realizados é o Papanicolau também conhecido como pré-câncer. O exame de Papanicolau é um exame rotineiro de prevenção, não um exame de diagnóstico. Um resultado do Papanicolau anormal, significa que outros exames deverão ser realizados para determinar a presença de um câncer ou uma lesão pré-cancerosa. Esses exames incluem a colposcopia e a raspagem endocervical.
O câncer de colo do útero também pode ser diagnosticado através dos sintomas como sangramento vaginal anormal ou dor durante a relação sexual. No caso de diagnóstico de câncer de colo do útero invasivo, o médico a encaminhará para um oncologista ginecológico, médico especializado em cânceres do sistema reprodutivo feminino.O tratamento desse câncer pode ser realizado por cirurgia, radioterapia ou quimioterapia.
A cirurgia consiste na retirada do tumor e, ocasionalmente, na retirada do útero e da porção superior da vagina. De acordo com a paciente, seu modo de vida (o desejo de ter filhos) e com o estágio do câncer, é escolhida uma técnica específica para a realização da operação.
Já o tratamento por radioterapia tem a finalidade de reduzir o volume tumoral e melhorar o local, para depois realizar a radioterapia interna.A quimioterapia é indicada para tumores em estágios avançados da doença.
Conviver com um câncer não é nada fácil, na verdade é uma tarefa extremamente árdua que exige muito do corpo e da mente do paciente. Os tratamentos contra o câncer do colo de útero podem remover a lesão ou destruir as células cancerígenas, mas até seu fim e cura completa há um longo caminho a ser percorrido.
Além da importância do acompanhamento do ginecologista e do oncologista, é imprescindível que sejam realizadas consultas com um psicólogo para garantir o bem-estar da mulher. Mesmo após o termino do tratamento, é importante que o acompanhamento pelos profissionais continue, para observar o comportamento do corpo em relação a uma recidiva do câncer e reforçar a necessidade de bons pensamentos para o avanço da saúde da paciente. Além disso, para superar a doença, o apoio dos familiares é essencial.
IMPORTANTE : Somente um médico pode diagnosticar doenças, indicar tratamentos e receitar medicações. O conteúdo apresentado possui apenas caráter informativo.
Referencias
BRASIL, Ministério da saúde. Doenças femininas: Saúde da mulher, Câncer do colo do útero, 2020. Disponível em <http://cdd.org.br/saude-da-mulher/?gclid=EAIaIQobChMIttCzrv6G7AIVUweRCh3HJgwgEAAYAiAAEgLf7_D_BwE#1> Acesso em 26 de setembro de 2020.
BRASIL, INCA, Instituto Nacional de Câncer. Estatísticas de câncer Disponível em <https://www.inca.gov.br/numeros-de-cancer> Acesso em 26 de setembro de 2020.