Por Kimberly Ferreira Enfermeira – COREN RS 552072

 

 

O Outubro Rosa nasceu nos Estados Unidos, na década de 1990, para estimular a participação da população no controle do câncer de mama. A data é celebrada anualmente com o objetivo de compartilhar informações sobre o câncer de mama, e promover a conscientização sobre a importância da detecção precoce da doença. A campanha em outubro proporciona maior acesso aos serviços de diagnóstico e de tratamento para o câncer.

A Clínica Ds Saúde participará do movimento pelo terceiro ano consecutivo, promovendo divulgação sobre os temas de saúde da mulher no site durante o mês de outubro. Bem como a cooperação de parceiros de longa data para proporcionar a nossas clientes a realização da consulta ginecológica e os exames de rotina com agilidade e valores acessíveis a todas as classes sociais com o intuito de encorajar mulheres a realizarem seus exames.

Iniciativas como essas são fundamentais para a prevenção. Vale enfatizar que os cuidados com a saúde da mulher devem ocorrer durante o ano inteiro, para aumentar as chances de detecção precoce do câncer. O assunto de hoje é câncer de mama e a importância de realizar o auto-exame.

O câncer de mama é uma doença causada pela multiplicação de células anormais da mama, que formam um tumor. Há vários tipos de câncer de mama. Alguns têm desenvolvimento rápido enquanto outros são mais lentos. Segundo dados  do INCA (Instituto Nacional de Câncer) de 2018, cerca de 48 mulheres morrem por dia no Brasil por conta do câncer de mama, as estatísticas mostram também que 1 a cada 8 mulheres pode desenvolver a doença e que 95% delas tem chance de cura se descoberto precocemente.

Os fatores de risco para o seu desenvolvimento são:

  • Mulheres acima dos 50 anos correm mais risco;
  • Histórico familiar (Parentes que já tiveram a doença);
  • Não ter filhos ou ter depois dos 30 anos;
  • Elevado consumo de álcool (uma dose diária)
  • Excesso de peso (gordura na região abdominal);
  • Falta de exercícios físicos;
  • Ciclo menstrual (mulheres que começaram a menstruar cedo, antes dos 12 anos, ou que entraram na menopausa após os 55 anos têm risco ligeiramente maior de ter câncer de mama);

 

É importante que as mulheres observem suas mamas, sem técnica específica, valorizando a descoberta casual de pequenas alterações mamárias. Os principais sinais e sintomas são:

  • Caroço (nódulo) fixo, endurecido e, geralmente, indolor;
  • Pele da mama avermelhada, retraída ou parecida com casca de laranja;
  • Alterações no bico do peito (mamilo);
  • Pequenos nódulos na região embaixo dos braços (axilas) ou no pescoço;
  • Saída espontânea de líquido dos mamilos

 

Conheça o seu corpo, faça o auto-enxame em frente ao espelho tocando em toda a área da mama. O auto-exame deve ser feito uma vez por mês, depois do período menstrual. Dessa forma, você vai conseguir detectar qualquer alteração bem no início. Se achar algo diferente, procure seu médico (a). Segue a baixo o passo a passo de como realizar o auto-exame das mamas:

Além de estar atenta ao próprio corpo, também é recomendado que mulheres de 50 a 69 anos façam uma mamografia de rastreamento (quando não há sinais nem sintomas) a cada dois anos. Esse exame pode ajudar a identificar o câncer antes do surgimento dos sintomas.

Mamografia é uma radiografia das mamas feita por um equipamento de raios X chamado mamógrafo, capaz de identificar alterações suspeitas. Mulheres com risco elevado para câncer de mama devem conversar com seu médico para avaliação do risco para decidir a conduta a ser adotada.

Alguns mitos sobre o câncer de mama assustam muitas mulheres sobre o possível desenvolvimento da doença. Confira abaixo as dúvidas mais comuns sobre os riscos.

  • Agrotóxicos nos alimentos – não existe associação comprovada entre uso de agrotóxicos e câncer de mama;
  • Fumo – Não há associação comprovada entre câncer de mama e cigarro;
  • Uso de anti transpirantes e uso de sutiãs com suporte metálico – Não existem evidências de que desodorantes e sutiãs causem câncer de mama;
  • Aborto – Abortos espontâneos também não elevam o risco de ter câncer de mama;
  • Implantes de silicone – implantes de silicone formam cicatriz na mama e podem dificultar a detecção precoce do tumor, bem como a visualização do tecido mamário nas incidências padrões da mamografia. Contudo, não aumentam o risco de câncer.

 

O tratamento desse câncer varia conforme o tipo e o local em que o nódulo está. As formas mais comuns são: quimioterapia, radioterapia, hormonioterapia (para bloquear a ação dos hormônios femininos), e a cirurgia parcial (retirada do tumor) ou mastectomia (retirada completa da mama). É possível ainda complementar o tratamento com recursos terapêuticos, além do auxílio de um profissional psicólogo.

Com base em tudo que foi colocado, não esqueça sempre de cuidar da saúde, conhecer seu corpo e fazer os exames de rotina anualmente para se prevenir do câncer de mama, encontrando qualquer sinal suspeito agende uma consulta com sua médica (o) ginecologista para uma avaliação. Outubro rosa está aí. Juntas somos mais fortes!

IMPORTANTE : Somente um médico pode diagnosticar doenças, indicar  tratamentos e receitar medicações. O conteúdo apresentado possui apenas caráter informativo.

 

Referencias

 

BRASIL, Ministério da saúde. Doenças femininas: Saúde da mulher, Câncer de mama, 2020. Disponível em <http://cdd.org.br/saude-da-mulher/?gclid=EAIaIQobChMIttCzrv6G7AIVUweRCh3HJgwgEAAYAiAAEgLf7_D_BwE#1> Acesso em 26 de setembro de 2020.

 

BRASIL, INCA, Instituto Nacional de Câncer. Estatísticas de câncer Disponível em <https://www.inca.gov.br/numeros-de-cancer> Acesso em 26 de setembro de 2020.

 

 

 

 

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